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Cultura do negó$io !!!

março 18, 2011

Mais uma vez o Observatório da Diversidade (www.observatoriodadiversidade.org.br) nos decepcionou!

As vagas para o curso de Desenvolvimento e Gestão Cultural 2011 que teve 378 inscritos para 48 vagas foram preenchidas por funcionários como, da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Museu de Arte da Pampulha, Prefeitura de Vespasiano, Fundação de Parques Municipais de Belo Horizonte, professores universitários e de outras grandes instâncias.

Foram raras as vagas preenchidas por novos gestores ou pessoas comuns que realmente querem fazer algo por nossa cidade!

Infelizmente o que subentende-se é  mais uma seleção equivocada para enaltecer profissionais já consolidados.

Sendo assim, solicitamos que o caso seja analisado, e que sejam tomadas medidas cabíveis o mais rápido possível.

Caso não seja, levaremos às autoridades competentes para fazê-las.

Viva a Maria Bethânia! Viva a cultura do negó$io!

Manifesto Macumba

março 18, 2011

Marcio Lacerda, prefeito da capital

Queremos lhe mostrar o carnaval.

Veja esta cidade feliz

Do jeito que você não quis.

 

Lacerda vamos lhe pedir em forma de reza

Um mantra, macumba pra ver se pega.

 

Lacerda seu desmiolado

Não deixe o parque fechado.

 

Lacerda seu incoerente

Libere a praça pra gente.

 

Lacerda seu mentiroso

Não derrube a mata do Cardoso.

 

Lacerda você nos une

Reforme o Chico Nunes.

 

Lacerda amigo dos empreiteiros

O centro precisa de banheiros.

 

Lacerda amigo do Aécio e do Pimentel

Nós vamos te internar no Pinel.

 

Lacerda isso não ta certo

Derruba o decreto!

 

Este texto foi lido em coro na porta da PBH no sábado de carnaval. A idéia inicial era lavar a escadaria, mas por algum motivo inexplicável nenhum caminhão pipa animou ir até lá. Lavamos a escadaria em gesto simbólico, mas nossas reivindicações são sérias.  Por tanto Sr. Lacerda, tome tento, mude de postura, não adianta tentar tampar o sol com a peneira, ou com publicidade enganosa.

 

CONVITE!

março 16, 2011

O Observatório da Juventude FAE/UFMG convida a todos os movimentos, coletivos, grupos culturais,etc. que queiram participar da construção de um evento que irá debater Juventude e Cidade. Pensamos em colocar lado a lado o máximo possível de expressões culturais e de contestação social dos “jovens” de BH nesse debate. O “caldeirão” que essa cidade virou nos últimos tempos: de expressões culturais, de manifestações, de contestações e fundamentalmente de participação na cena pública, compõe um interessante cenário para um bom debate! O evento irá acontecer dia 8 de abril a noite no Centro Cultural da UFMG. Irá participar do evento também, o professor  Paulo Carrano do observatório jovem da Universidade Federal Fluminense, trazendo a discussão da juventude e das brutais intervenções sofridas pela população no Rio de Janeiro. A idéia é construir o evento coletivamente. Convidamos a todos interessados (as), a construir o evento, para uma reunião no dia 21 de março (segunda-feira) as 19:30hs no Centro Cultural da UFMG – rua da Bahia com Av. Santos Dumont, centro.

23 de março: Audiência Pública sobre as políticas culturais da PBH

março 13, 2011

 

O Movimento Nova Cena e o Vereador Arnaldo Godoy convidam artistas, agentes culturais e cidadãos interessados, a participar da Audiência Pública que discutirá a relação da atual administração municipal com a Cultura. Profissionais da Cultura, representantes da Prefeitura de Belo Horizonte e da Fundação Municipal de Cultura, realizarão um debate a partir dos tópicos:

– diretrizes da atual administração para a Cultura da capital mineira;

– relevância da economia criativa e das políticas culturais na gestão da prefeitura municipal;

– baixa execução orçamentária da Fundação Municipal de Cultura;

– orçamento e revisão da Lei Municipal de Incentivo à Cultura

– implementação do Conselho Municipal de Políticas Culturais e do Plano Municipal de Cultura;

– subutilização dos equipamentos culturais: Teatro Francisco Nunes fechado, cobrança de taxa de locação do Teatro Marília, dentre outros;

– programas suspensos e ameaçados: FIT-BH, Arena da Cultura, Mostra de Artes Cênicas para Crianças, Arte Expandida, BH Cidadania, dentre outros.

 

DIVULGUE E PARTICIPE!

A Praia sobe o Morro

março 11, 2011

Amanhã, 12 de março, a Praia da Estação muda de endereço. A partir das 10hs da manhã nos banharemos na Praça do Cardoso, localizada no Aglomerado da Serra. A manifestação ocorre em solideriedade aos moradores da Serra em decorrência dos últimos, tristes e fatídicos, acontecimentos. Teremos a participação da bateria da Escola de Samba Cidade Jardim e dos Blocos de Rua do Carnaval de BH fazendo um lindo carnaval para a população da Serra!

Pedimos Paz e Justiça!

Venha com seu traje de banho ou fantasiado!

A Praia abraça a Serra!!!

Praça do Cardoso, Aglomerado da Serra, Ponto final do 4107 – 10hs

Evento no facebook: http://www.facebook.com/#!/event.php?eid=112655092143651

Carnaval na Praia da Estação > Sábado, 05 de março, às 11h

março 5, 2011

Amanhã, às 10:30hs da manhã, na frente da PBH – grande ato contra a administração de Márcio Lacerda

março 2, 2011

MARCHINHA HB de CARNAVAL

março 1, 2011

(esperando melodia(s)………………..)

CHAMADA (FALADO):
“…desta vez, no entanto,
eu venho como o vitorioso Dionísio,
que transformará o mundo numa festa…
Não que eu tenha muito tempo…” N.

CORO:
Piratas e corsários de outrora,
montaram uma rede global,
formada por ilhas escondidas,
em comunidade intencional!

Viviam fora do meio,
e só queriam ficar assim!
mesmo que por pouco tempo,
mas alegre até o fim!

ESTRIBILHO:
Levante! o momento é de pico!
esquece o que a história vê
mas fuja da paródia miserável
do jornal e da TV!

Se lance, dance, sobre o poste,
se esquive, escape, pela fresta,
se leve na ginga do pajé,
me encontre aonde eu tiver!

CORO:
Se pensam que fecharam o mapa!
a zona sempre esteve aberta!
se desdobrando em dimensões fractais
compartindo, divertindo, em alerta!

O irmãozão só acredita no fala
e é aí que conseguimos vencer
usando a invisibilidade
como agente de poder!

ESTRIBILHO:
Não caia em repetição!
não espere a revolução,
a reação, a traição e a fundação de um novo Estado de botas
a marchar (outra vez mais) em nossas costas!

É melhor na parede que na gaiola um rato ser
mas não se pode na parede perecer!
restará meramente obra de arte?
ou os túneis articulados querem ser?

CORO:
Pequenas grandes coisas dão a graça
pra quê procurar ou destruir significado?
se com participação se pode o mundo novo
num hedonismo aplicado!

A rede independe da internet
a boca ainda é o instrumento marginal
a chave não é o nível da técnica
mas a abertura de uma estrutura horizontal!

CHAMADA PARA SAIR:
…Mas se nome receber,
for representada ou mediada,
ela vai desaparecer, deixando a casca só…
…e vai brotar, em outro lugar, sem ninguém olhar…

A Praça do Papa é do Funk!

fevereiro 27, 2011

Ocupar espaços da cidade, se enxergar nela, fazer parte dela, manifestar sua dança e seu estilo de vida.

Dançar como você aprendeu, como os seus amigos dançam, como a sua comunidade dança.

Ouvir o que você gosta e o que sua comunidade gosta. E mais: mostrar que gosta e que é assim.

Até um belo dia você incomodar elitistas, direitistas, aécistas, bairristas, e “jornalistas”.

Até um dia os “jornalistas” chamarem você de “Drogado” fazedor de “baderna” que atrapalha a “paz pública”.

Jovens transformam Praça do Papa em baile funk durante a

madrugada.

Ernesto Braga

Publicação: 27/02/2011 07:07 Atualização: 27/02/2011 10:47

Localizada aos pés da Serra do Curral, a Praça Governador Israel Pinheiro, conhecida como Praça do Papa, no Bairro Mangabeiras, um dos endereços mais nobres da capital, na Região Centro-Sul, deixa de ser ponto turístico privilegiado para contemplação de Belo Horizonte e se transforma, principalmente nas madrugadas de quinta-feira a domingo, em terra sem lei. Um dos principais cartões-postais da cidade é invadido por um mar de pessoas, muitas menores de 18 anos, em busca de diversão regada a álcool, drogas e barulho.

Veículos com potentes equipamentos de som disputam qual é o mais barulhento. Na trilha sonora prevalece o funk, mas também há quem prefira ouvir música sertaneja e outros ritmos. O cheiro de maconha vindo das áreas verdes e escuras da praça paira sobre o ambiente, e a impressão que se tem é de que os usuários da erva fumam um baseado infinito. No asfalto, motoqueiros fazem acrobacias e carros andam em alta velocidade, na contramão, colocando em risco a vida de quem frequenta o espaço.

O Estado de Minas esteve na Praça do Papa no fim de semana passado, de madrugada, e constatou a balbúrdia que está tirando o sono dos moradores do Mangabeiras, bairro com metro quadrado construído e Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) entre os mais caros da cidade. Eles denunciam ameaças feitas pelos baderneiros, que fecham as entradas das garagens das luxuosas casas com filas de carros e motos e usam até armas de fogo para intimidar quem “ousa” reclamar. “A Praça do Papa é a área de lazer mais procurada por toda a população de Belo Horizonte, municípios vizinhos e turistas de todos os cantos. Mas ela se transformou num bordel, e as famílias estão se afastando por causa da bagunça e com medo da criminalidade”, afirmou o presidente da União das Associações de Bairros da Zona Sul, Marcelo Marinho.

A aglomeração de veículos e gente é maior na rua que divide o topo (onde estão o monumento e a cruz esculpidos pelo artista plástico Ricardo Carvão) da base da praça (parte gramada com um parque de lazer de madeira). É nessa via que ficam estacionados os veículos equipados com potentes cornetas e amplificadores de som, verdadeiros trios elétricos que propagam para muito além daquele ponto músicas quase sempre com letras obscenas. Uma das preferidas pela multidão e, portanto, mais tocadas, tem o seguinte refrão: “Na arte do sexo, pode crer que eu esculacho. Faço tudo que ele gosta e ainda dou meu (…) de cabeça para baixo.”

O secretário municipal da Regional Centro-Sul, Fernando Cabral, reconhece os incômodos causados aos moradores da Praça do Papa e admite que não estão previstas intervenções no ponto turístico. Cabral afirma que a Prefeitura de Belo Horizonte está aberta a receber sugestões dos contribuintes afetados. “Estamos dispostos a acatar tudo que possa preservar o bem-estar da comunidade.”

Fonte: http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2011/02/27/interna_gerais,212361/jovens-transformam-praca-do-papa-em-baile-funk-durante-a-madrugada.shtml

Truculência no Aglomerado da Serra

fevereiro 26, 2011

A trágica morte de dois incentes no Aglomerado da Serra era a gota d’água que faltava para a comunidade expôr sua revolta contra as ações truculentas e inconstitucionais da Polícia Militar no algomerado.

Há tempos que um grupo de não mais que dez policiais vem exterminando moradores do aglomerado aos olhos de toda a comunidade. A ROTAM reúne policias que ostentam o status de assassinos dentro da corporação, seguindo o mesmos códigos na lei – e aqueles debaixo dela – que a instituição tinha na época da ditadura.

Hoje, porém, policiais civis e militares em Belo Horizonte estão deixando de ser coadjuvantes no crime para serem protagonistas. Não querem mais receber acertos, querem ser os donos das bocas. Provavelmente querem controlar todo o tráfico de suas juridições em um sistema unificado e hierarquizado dentro da própria polícia, e estão perto disso. O sociólogo e ex-Secretário de Segurança do Rio de Janeiro, Luís Eduardo Soares, apresentou exatamente essa análise no conflito ocorrido no Complexo do Alemão no Rio. As milícias no Rio representam justamente essa nova ordem do tráfico em que parte da polícia está engajada para implementar.

Os policiais da ROTAM sobem as favelas de Belo Horizonte para receber propinas, extorquir os jovens que fazem parte da mão de obra do tráfico e matar. Eles andam, cada um com duas pistolas, uma com chassi e a outra com o chassi raspado. Matam com uma e platam a outra na vítima. Predem jovens envolvidos com tráfico, e quando não conseguem extorquí-los, não os encaminham para a delegacia, simplesmente os exterminam.

Mas dessa vez, a prepotência de policiais que tiram, há anos, proveito do tráfico na serra, caiu do cavalo: pois as vítimas não tinham qualquer envolvimento com o tráfico e a comunidade está expondo o fim de sua tolerância com esses elementos. Os protestos continuam e hoje ou amanhã haverá uma assembléia da comunidade com a Comissão dos Direitos Humanos.

A mídia fica em cima do muro ou reproduz sem contestação a versão mentirosa dos fatos apresentada pela polícia militar: a de que os dois trabalhadores estavam com roupas do GATE, armas e munições e atiraram nos políciais. A Rede Globo, especialmente, apresentou a matéria mais distorcida sobre o fato, que chegou a chocar a comunidade inteira pela ausência de um pingo de veracidade.

Conclamo todos interessados no combate à corrupção dentro de nossas instituições a enviar um e-mail para o site da Polícia Militar MG, no canal “fale conosco”, solicitando apuração desses assassinatos no Aglomerado da Serra. O momento é oportuno pois a Polícia Federal acabou de investigar e condenar os abusos das operações policiais no Complexo do Alemão. E em ambos episódios, tanto no Rio quanto em Belo Horizonte, temos abusos de policiais que representam a mesma estratégia de controle do tráfico de drogas. Portanto os protestos relacionados a esse caso específico podem servir a uma conjuntura maior. Temos que freiar a truculência de policiais corruptos e mostrar que a sociedade civil exige constitucionalidade nas ações da polícia.